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DECRETO Nº 42.765, DE 9 DE MARÇO DE 2016.

 

Regulamenta a Lei nº 15.706, de 30 de dezembro de 2015, que dispõe sobre a concessão de benefício fiscal do ICMS para fomentar atividades de caráter desportivo no âmbito do Estado de Pernambuco.

 

O GOVERNADOR DO ESTADO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo inciso IV do art. 37 da Constituição Estadual,

 

CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar a Lei nº 15.706, de 30 de dezembro de 2015, que dispõe sobre a concessão de benefício fiscal do ICMS para fomentar atividades de caráter desportivo no âmbito do Estado de Pernambuco,

 

DECRETA:

 

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

 

Art. 1º A concessão e a utilização do crédito presumido do ICMS previsto na Lei nº 15.706, de 30 de dezembro de 2015, que dispõe sobre a concessão de benefício fiscal do ICMS para fomentar atividades de caráter desportivo no âmbito do Estado de Pernambuco, ficam regulamentadas nos termos deste Decreto.

 

§ 1º O crédito presumido de que trata o caput é concedido a estabelecimento de contribuinte situado no Estado de Pernambuco que patrocinar projetos desportivos e paradesportivos aprovados pela Comissão Executiva constituída em razão da Lei nº 15.706, de 2015 - Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, na área do esporte educacional, de base, de rendimento e de lazer.

 

§ 1º O crédito presumido de que trata o caput: (Redação alterada pelo art. 3º do Decreto nº 46.933, de 26 de dezembro de 2018, com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2019.)

 

I - é concedido a estabelecimento de contribuinte situado no Estado de Pernambuco que patrocinar projetos desportivos e paradesportivos aprovados pela Comissão Executiva constituída em razão da Lei nº 15.706, de 2015 - Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, na área do esporte educacional, de base, de rendimento e de lazer; e (Acrescido pelo art. 3º do Decreto nº 46.933, de 26 de dezembro de 2018, com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2019.)

 

II - tem os seguintes termos finais de fruição, conforme a natureza do respectivo estabelecimento patrocinador: (Acrescido pelo art. 3º do Decreto nº 46.933, de 26 de dezembro de 2018, com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2019.)

 

II - tem como termos finais de fruição aqueles previstos no parágrafo único do art. 1º da Lei nº 15.706, de 30 de dezembro de 2015 (Convênio ICMS 190/2017). (Redação alterada pelo art. 8º do Decreto nº 53.967, de 8 de novembro de 2022.)

 

a) 31 de dezembro de 2032, produtor ou industrial; (Acrescido pelo art. 3º do Decreto nº 46.933, de 26 de dezembro de 2018, com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2019.)

 

a) (REVOGADO) (Revogado pelo inciso II do art. 13º do Decreto nº 53.967, de 8 de novembro de 2022.)

 

b) 31 de dezembro de 2022, comercial; ou (Acrescido pelo art. 3º do Decreto nº 46.933, de 26 de dezembro de 2018, com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2019.)

 

b) (REVOGADO) (Revogado pelo inciso II do art. 13º do Decreto nº 53.967, de 8 de novembro de 2022.)

 

c) 31 de dezembro de 2018, demais estabelecimentos. (Acrescido pelo art. 3º do Decreto nº 46.933, de 26 de dezembro de 2018, com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2019.)

 

c) (REVOGADO) (Revogado pelo inciso II do art. 13º do Decreto nº 53.967, de 8 de novembro de 2022.)

 

§ 2º Para fins do disposto no presente Decreto, considera-se:

 

I - patrocínio: a transferência gratuita ao beneficiário, em caráter definitivo, de numerário para a realização do respectivo projeto;

 

II - proponente: a pessoa jurídica sem fins econômicos, de natureza esportiva, que tenha projeto desportivo aprovado nos termos do presente Decreto, com estabelecimento no Estado de Pernambuco; e

 

III - patrocinador: o estabelecimento inscrito no Cadastro de Contribuintes do Estado de Pernambuco - CACEPE, que venha a patrocinar projetos esportivos aprovados pela Comissão Executiva da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, conforme referida no Capítulo VI.

 

§ 3º O valor do crédito presumido a ser utilizado pela totalidade de patrocinadores deve obedecer ao limite anual de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais).

 

§ 3º O valor do crédito presumido a ser utilizado pela totalidade de patrocinadores deve obedecer ao limite anual de R$ 8.000.000,00 (oito milhões de reais). (Redação alterada pelo art. 1º do Decreto nº 52.316, de 21 de fevereiro de 2022.)

 

§ 3º O valor do crédito presumido a ser utilizado pela totalidade de patrocinadores deve obedecer ao limite anual de R$ 9.000.000,00 (nove milhões de reais). (Redação alterada pelo art. 1º do Decreto nº 55.983, de 29 de dezembro de 2023.)

 

§ 4º Deve ser deduzido do limite anual previsto no § 3º o saldo remanescente do benefício fiscal que, concedido em exercícios anteriores, não tenha sido utilizado pelo contribuinte, observado o disposto no inciso V do art. 12.

 

CAPÍTULO II

DAS CARACTERÍSTICAS DOS PROJETOS INCENTIVADOS

 

Art. 2º Os projetos referidos no § 1º do art. 1º devem possuir os seguintes objetivos:

 

I - incentivar o desenvolvimento do esporte no Estado de Pernambuco, nos seguintes aspectos:

 

a) formação e desenvolvimento de atletas e equipes esportivas;

 

b) treinamento e participação de atletas e equipes esportivas em competições estaduais, interestaduais, nacionais e internacionais;

 

c) fomento à prática e ao desenvolvimento do esporte de crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social;

 

d) especialização, nas áreas do conhecimento aplicadas ao esporte, de árbitros, técnicos, dirigentes, profissionais da área de educação física e outros profissionais de áreas afins;

 

e) apoio e incentivo à realização de eventos esportivos; ou

 

f) construção, reforma e revitalização de centros e de equipamentos esportivos;

 

II - promover campanhas de conscientização, congressos, seminários e cursos para difusão dos benefícios dos esportes, preservação e conservação dos espaços destinados à prática esportiva; ou

 

III - instituir prêmios para o desenvolvimento do esporte no Estado de Pernambuco.

 

§ 1º Fica vedada a utilização do benefício fiscal para atender a financiamento de projetos dos quais sejam beneficiários a própria empresa patrocinadora, suas coligadas ou controladas, sócios ou titulares, parentes consanguíneos ou afins até o terceiro grau.

 

§ 2º O projeto esportivo incentivado deve utilizar, prioritariamente, recursos humanos, materiais, técnicos e naturais disponíveis no Estado de Pernambuco.

 

CAPÍTULO III

DA ANÁLISE, APROVAÇÃO E EXECUÇÃO DO PROJETO

 

Art. 3º O projeto desportivo ou paradesportivo deve ser apresentado à Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, pela pessoa jurídica proponente, em 2 (duas) vias, acompanhado da seguinte documentação:

 

I - plano de trabalho, conforme modelo previsto no Anexo I;

 

II - cópia do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica do Ministério da Fazenda - CNPJ da proponente;

 

III - cópia do instrumento constitutivo da proponente e, quando for o caso, da última alteração;

 

IV - na hipótese de sociedade anônima, ata da assembleia geral relativa à eleição da diretoria;

 

V - cópia do Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda - CPF e da Carteira de Identidade - RG do representante legal da proponente; e

 

VI - currículo do profissional de Educação Física responsável pela execução do projeto pretendido, quando for o caso.

 

§ 1º Os projetos desportivos e paradesportivos devem ser avaliados e aprovados pela Comissão Executiva da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte referida no Capítulo VI.

 

§ 2º Havendo parecer favorável ao projeto, observa-se:

 

I - deve ser encaminhado para a Diretoria de Controle e Acompanhamento de Benefícios Fiscais - DBF, da Secretaria da Fazenda - SEFAZ, para verificação da existência de saldo capaz de suportar a utilização do benefício, observado o disposto nos §§ 3º e 4º do art. 1º;

 

II - a respectiva aprovação é publicada no Diário Oficial do Estado - DOE, pela Comissão Executiva da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte;

 

III - é emitido, pelo presidente da Comissão Executiva da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, o Certificado de Enquadramento, conforme modelo previsto no Anexo II; e

 

IV - fica o empreendedor esportivo autorizado a captar recursos junto aos patrocinadores.

 

§ 3º Havendo parecer desfavorável ao projeto, cabe recurso à respectiva decisão, no prazo máximo de 15 (quinze) dias após a ciência da comunicação do indeferimento ao interessado.

 

Art. 4º São critérios para análise e aprovação dos projetos desportivos apresentados:

 

I - observância à legislação vigente;

 

II - interesse público e desportivo;

 

III - qualidade do projeto apresentado e capacidade da proponente para a sua realização; e

 

IV - compatibilidade e realidade dos custos apresentados.

 

Art. 5º A proponente somente pode ter aprovados, em cada exercício, 2 (dois) projetos beneficiados pela Lei Estadual de Incentivo ao Esporte.

 

§ 1º O valor de cada projeto não pode ultrapassar o limite máximo de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).

 

§ 1º O valor de cada projeto não pode ultrapassar o limite máximo de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais). (Redação alterada pelo art. 1º do Decreto nº 46.870, de 13 de dezembro de 2018.)

 

§ 2° O limite previsto no § 1º não se aplica a projeto que tenha por objetivo a construção, reforma ou revitalização de centros e de equipamentos esportivos, conforme referido na alínea “f” do inciso I do caput do art. 2º.

 

Art. 6º A captação de recursos junto aos patrocinadores deve obedecer ao limite mínimo correspondente ao montante de 30% (trinta por cento) do valor total do projeto.

 

Parágrafo único. Na hipótese de não ocorrer a captação do montante correspondente a 100% (cem por cento) do valor total do projeto, deve-se observar:

 

I - fica a proponente obrigada a solicitar, à Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, a readequação para execução do referido projeto de acordo com o valor total dos recursos efetivamente captados; e

 

II - a solicitação referida no inciso I deve ser apresentada no prazo de até 30 (trinta) dias da data prevista para início da execução do projeto.

 

Art. 7º A captação de recursos junto aos patrocinadores deve ser efetivada no mesmo exercício em que tenha ocorrido a entrega do Certificado de Enquadramento, de que trata o inciso III do § 2º do art. 3º, e no prazo de até 30 (trinta) dias da data prevista para início da execução do projeto.

 

Art. 7º A captação de recursos junto aos patrocinadores deve ser efetivada no prazo máximo de até 12 (doze) meses contados da publicação da aprovação no Diário Oficial do Estado - DOE. (Redação alterada pelo art. 1º do Decreto nº 52.316, de 21 de fevereiro de 2022.)

 

§ 1º Não ocorrendo a captação de recursos no prazo previsto no caput, pode a proponente solicitar, uma única vez, a prorrogação da data de início da execução do projeto.

 

§ 1º O proponente pode solicitar, uma única vez, a prorrogação da data de início da execução do projeto, desde que a captação dos recursos ocorra no prazo máximo de 12 (doze) meses, conforme estabelecido no caput. (Redação alterada pelo art. 1º do Decreto nº 52.316, de 21 de fevereiro de 2022.)

 

§ 2º O Certificado de Enquadramento, após a respectiva concessão, pode ser renovado pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, por até 3 (três) períodos anuais consecutivos, desde que a proponente:

 

§ 2º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 3º do Decreto nº 52.316, de 21 de fevereiro de 2022.)

 

I - esteja em dia com a prestação de contas;

 

I - (REVOGADO) (Revogado pelo art. 3º do Decreto nº 52.316, de 21 de fevereiro de 2022.)

 

II - tenha executado a proposta anterior; e

 

II - (REVOGADO) (Revogado pelo art. 3º do Decreto nº 52.316, de 21 de fevereiro de 2022.)

 

III - tenha observado todos os requisitos do presente Decreto.

 

III - (REVOGADO) (Revogado pelo art. 3º do Decreto nº 52.316, de 21 de fevereiro de 2022.)

 

§ 3º É vedada a substituição de projetos pelo proponente, após sua aprovação, na hipótese de não ocorrer a captação de recursos nos prazos referidos no caput e no §1º. (Acrescido pelo art. 1º do Decreto nº 46.870, de 13 de dezembro de 2018.)

 

§ 4º É possível a contratação, pela Proponente, de empresa especializada em captação de recursos, desde que previamente prevista no Plano de Trabalho e cuja remuneração não exceda a 10% (dez por cento) do valor do projeto, até o limite de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). (Acrescido pelo art. 1º do Decreto nº 46.870, de 13 de dezembro de 2018.)

 

Art. 7º-A Os projetos desportivos apresentados que já possuam patrocinador e patrocínio, com a apresentação da respectiva Carta de Intenção, terão preferência de tramitação sobre os projetos desportivos pendentes de captação. (Acrescido pelo art. 1º do Decreto nº 46.870, de 13 de dezembro de 2018.)

 

Art. 8º O prazo máximo de execução de cada projeto é de 1 (um) ano, podendo ser prorrogado, no máximo, por igual período, a critério da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer.

 

§ 1º Caso a proponente não consiga executar o projeto, pode, com a autorização do patrocinador, solicitar ao Secretário de Turismo, Esportes e Lazer a destinação dos valores captados para outro projeto aprovado.

 

§ 2º Os projetos que envolvam a execução de serviços de engenharia somente podem ser autorizados após prévia aprovação dos órgãos públicos competentes.

 

Art. 9º É obrigatória a veiculação e inserção da logomarca oficial da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte e do Governo do Estado de Pernambuco em toda a divulgação relativa ao projeto incentivado, conforme Manual de Identidade Visual, à disposição das proponentes na Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer.

 

§ 1º O material de divulgação a que se refere o caput deve, antes da sua veiculação, ser apresentado à Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Estado de Pernambuco, para a devida aprovação.

 

§ 2º O uso indevido da logomarca da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte e do Governo do Estado de Pernambuco impede o responsável pelo projeto de obter o incentivo durante 1 (um) ano.

 

Art. 10. O atleta ou equipe esportiva patrocinados ou de qualquer forma beneficiados pela Lei Estadual de Incentivo ao Esporte se comprometem a ceder o uso de sua imagem para veiculação pelo Governo do Estado de Pernambuco.

 

CAPÍTULO IV

DA HABILITAÇÃO PARA FRUIÇÃO DO BENEFÍCIO DE CRÉDITO PRESUMIDO

 

Art. 11. O contribuinte patrocinador do projeto aprovado nos termos dos arts. 3º e 4º deve apresentar à Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer a solicitação de concessão do benefício fiscal de que trata o presente Decreto, acompanhado dos seguintes documentos:

 

I - Ficha Cadastral do Patrocinador, conforme modelo previsto no Anexo III;

 

II - Termo de Compromisso, conforme modelo previsto no Anexo IV;

 

III - ato constitutivo devidamente registrado no órgão competente e respectivas alterações;

 

IV - comprovante de inscrição no CNPJ do Ministério da Fazenda e no Cadastro de Contribuintes do Estado de Pernambuco - CACEPE;

 

V - certidões de regularidade perante as Fazendas Nacional, Estadual e Municipal;

 

VI - Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS; e

 

VII - Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas - CNDT.

 

§ 1º O processo referido no caput deve ser encaminhado à DBF, da SEFAZ, a quem compete publicar edital de credenciamento para fruição do benefício, após verificada a regularidade fiscal do patrocinador.

 

§ 2º A Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer deve, à vista do edital referido no § 1º, emitir o Título de Incentivo, conforme modelo previsto no Anexo V, especificando o valor a ser utilizado pelo patrocinador para abatimento do montante do ICMS a recolher.

 

§ 3º Os recursos relativos ao patrocínio devem ser depositados em conta bancária específica da proponente, em instituição financeira oficial, destinada exclusivamente à movimentação de recursos destinados ao projeto.

 

CAPÍTULO V

DO BENEFÍCIO FISCAL E DA RESPECTIVA UTILIZAÇÃO

 

Art. 12. Ao contribuinte situado neste Estado, habilitado nos termos do art. 11, fica concedido benefício de crédito presumido do ICMS, observando-se:

 

Art. 12. Ao contribuinte situado neste Estado, habilitado nos termos do art. 11, fica concedido benefício de crédito presumido do ICMS, observando-se (Convênio ICMS 190/2017): (Redação alterada pelo art. 3º do Decreto nº 46.933, de 26 de dezembro de 2018, com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2019.)

 

I - o benefício é limitado:

 

a) ao montante máximo de 5% (cinco por cento) do valor do ICMS de responsabilidade direta do contribuinte, apurado em cada período fiscal, calculado sobre o respectivo valor a recolher, após a dedução de outros benefícios ou incentivos, se for o caso; e

 

b) ao exato montante dos recursos empregados no projeto;

 

II - o valor do benefício apurado em cada período fiscal conforme o disposto na alínea “a” do inciso I não pode ser superior a 10% (dez por cento) do montante dos recursos empregados no projeto;

 

III - o abatimento da parcela do imposto a recolher tem início após o patrocínio;

 

IV - o valor do benefício apurado mensalmente deve ser escriturado no campo “Outras Deduções” do Registro de Apuração do ICMS - RAICMS do Sistema de Escrituração Contábil e Fiscal - SEF; e

 

V - o contribuinte beneficiário deve informar à DBF, da SEFAZ, até o dia 15 (quinze) do mês de janeiro de cada exercício, o montante do crédito presumido efetivamente utilizado no exercício anterior.

 

VI - a respectiva fruição fica limitada aos termos finais estabelecidos no inciso II do § 1º do art. 1º. (Acrescido pelo art. 3º do Decreto nº 46.933, de 26 de dezembro de 2018, com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2019.)

 

CAPÍTULO VI

DA COMISSÃO EXECUTIVA DA LEI ESTADUAL DE INCENTIVO AO ESPORTE

 

Art. 13. Compete à Comissão Executiva da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte avaliar e aprovar projetos esportivos para fins de obtenção dos incentivos previstos na Lei nº 15.706, de 2015.

 

§ 1º A Comissão referida no caput é composta pelos seguintes membros:

 

I - Secretário Executivo de Turismo, Esportes e Lazer do Estado de Pernambuco, na qualidade de Presidente;

 

I - Secretário Executivo de Esportes e Lazer do Estado de Pernambuco, na qualidade de Presidente; (Redação alterada pelo art. 1º do Decreto nº 42.914, de 14 de abril de 2016.)

 

II - 1 (um) representante do corpo técnico da Secretaria Executiva de Turismo, Esportes e Lazer do Estado de Pernambuco;

 

II - 1 (um) representante do corpo técnico da Secretaria Executiva de Esportes e Lazer do Estado de Pernambuco; (Redação alterada pelo art. 1º do Decreto nº 42.914, de 14 de abril de 2016.)

 

III - 1 (um) representante da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Estado de Pernambuco; e

 

IV - 1 (um) representante do Conselho Estadual de Esporte e Lazer, conforme referido na Lei nº 11.443, de 1º de julho de 1997.

 

§ 2º Os membros a que se referem os incisos II a IV do § 1º são escolhidos pelo Secretário de Turismo, Esportes e Lazer do Estado de Pernambuco, devendo ter mandato de 2 (dois) anos, permitida uma recondução por igual período.

 

§ 3º As funções exercidas pelos membros da Comissão Executiva da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte são consideradas de relevante interesse público, não sendo remuneradas a qualquer título.

 

Art. 14. Compete à Comissão Executiva da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte deliberar sobre os projetos relacionados com a Lei Estadual de Incentivo ao Esporte.

 

Art. 15. O resultado da aprovação dos projetos deve ser publicado no Diário Oficial do Estado, informando a proponente, a denominação do projeto, a manifestação, a data de aprovação e o valor autorizado para utilização como crédito presumido pelo contribuinte patrocinador.

 

Art. 16. As reuniões da Comissão Executiva da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte devem ser registradas em ata e publicadas na página oficial da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Estado de Pernambuco, na Internet.

 

Art. 17. Cabe à Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Estado de Pernambuco o custeio das despesas decorrentes das atividades da Comissão Executiva da Lei de Incentivo ao Esporte, bem como o suporte operacional para o seu funcionamento.

 

CAPÍTULO VII

DA PRESTAÇÃO DE CONTAS PELA PROPONENTE

 

Art. 18. A prestação de contas deve ser efetuada pela proponente por meio da apresentação dos seguintes documentos:

 

I - demonstrativo da movimentação financeira, acompanhado dos documentos originais correspondentes;

 

II - relatório de cumprimento do objeto;

 

III - cópia do plano de trabalho referido no inciso I do art. 3º;

 

IV - cópia do termo de convênio;

 

V - relatório de execução físico-financeira;

 

VI - demonstrativo da execução da receita e da despesa, evidenciando os recursos recebidos e os rendimentos auferidos com a aplicação dos recursos no mercado financeiro, quando for o caso, e os saldos remanescentes;

 

VII - relação de pagamentos efetuados com os recursos repassados;

 

VIII - extrato da conta bancária específica do período do recebimento dos recursos relativos ao patrocínio e conciliação bancária, quando for o caso;

 

IX - comprovante de recolhimento do saldo de recursos à conta indicada pelo responsável pelo projeto, quando for o caso;

 

X - relação de bens adquiridos, produzidos, transformados ou construídos, se for o caso;

 

XI - material fotográfico ou filmagem que evidenciem a realização do evento;

 

XII - juntada do material de divulgação previsto no plano de trabalho para a realização do evento, tais como banners, folders, panfletos, jornais e demais materiais de divulgação;

 

XIII - certidões de regularidade fiscal, previdenciária e trabalhista das empresas que executaram os serviços ou forneceram bens elencados no plano de trabalho;

 

XIV - documentos que comprovem que foram adotadas medidas antecipatórias para a realização dos eventos, tal como a expedição de ofícios solicitando autorização ou informando da realização dos mesmos à autoridade policial, ao Corpo de Bombeiros, ao Juizado da Infância e Adolescência, ao Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco - DETRAN-PE, bem como aos demais órgãos públicos, conforme o caso; e

 

XV - cópias dos contratos firmados com as empresas que executaram os serviços ou que forneceram bens elencados no plano de trabalho.

 

§ 1º Relativamente à prestação de contas final, deve-se observar:

 

I - na hipótese de o total de despesas realizadas com o projeto ser inferior aos depósitos efetuados pelo patrocinador, o saldo deve ser devolvido ao Governo do Estado de Pernambuco e ao patrocinador, de acordo com os percentuais de participação de renúncia fiscal e recursos próprios, definidos na aprovação do projeto; e

 

I - na hipótese de o total de despesas realizadas com o projeto ser inferior aos depósitos efetuados pelo patrocinador, o saldo deve ser devolvido ao Governo do Estado de Pernambuco, de acordo com os percentuais de participação de renúncia fiscal e recursos próprios, definidos na aprovação do projeto; e (Redação alterada pelo art. 1º do Decreto nº 42.914, de 14 de abril de 2016.)

 

II - caso a respectiva análise resulte na glosa de despesas realizadas, tornando o total de débitos efetuados inferior aos recursos transferidos pelo patrocinador, o saldo deve ser devolvido ao Governo do Estado de Pernambuco, de acordo com os percentuais de participação de renúncia fiscal e recursos próprios, definidos na aprovação do projeto.

 

§ 2º A não inserção das marcas da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte e do Governo do Estado de Pernambuco, conforme Manual de Identidade Visual, acarreta a devolução total do incentivo recebido.

 

§ 3º Na hipótese em que a proponente esteja desenvolvendo um projeto incentivado e venha a pleitear a aprovação de um ou mais projetos, deve efetuar a prestação de contas parcial do projeto em andamento, na forma prevista no caput. 

 

§ 4º A prestação de contas parcial de que trata o § 3º limita-se aos recebimentos e pagamentos ocorridos até o dia anterior ao da protocolização do novo pedido na Secretaria Executiva de Turismo, Esportes e Lazer.

 

§ 4º A prestação de contas parcial de que trata o § 3º limita-se aos recebimentos e pagamentos ocorridos até o dia anterior ao da protocolização do novo pedido na Secretaria Executiva de Esportes e Lazer do Estado de Pernambuco. (Redação alterada pelo art. 1º do Decreto nº 42.914, de 14 de abril de 2016.)

 

§ 5º Projetos calendarizados, assim compreendidos aqueles que ocorram em evento anual ou similar, quando já executados, devem ter suas prestações de contas efetuadas nos termos do caput, de forma a permitir a inscrição de novos projetos similares.

 

§ 6º A proponente deve apresentar à Secretaria Executiva de Turismo, Esportes e Lazer a prestação de contas parcial dos recursos recebidos e despendidos, sempre que solicitado, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sem prejuízo da prestação de contas definitiva.

 

§ 6º A proponente deve apresentar à Secretaria Executiva de Esportes e Lazer do Estado de Pernambuco a prestação de contas parcial dos recursos recebidos e despendidos, sempre que solicitado, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sem prejuízo da prestação de contas definitiva. (Redação alterada pelo art. 1º do Decreto nº 42.914, de 14 de abril de 2016.)

 

§ 7º Caso não seja apresentada a prestação de contas parcial, ou quando nela for detectada irregularidade, será suspensa a execução do projeto e/ou do uso dos valores constantes na conta bancária a ele destinada, até que seja sanada a irregularidade apontada, salvo quando esta for meramente formal, sem prejuízo ao Erário, e a continuidade da execução for necessária para preservação do interesse e finalidade públicos, situação que deve estar fundamentada em parecer da Comissão Executiva da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. (Acrescido pelo art. 1º do Decreto nº 46.870, de 13 de dezembro de 2018.)

 

§ 8º Na hipótese de não serem aprovadas as contas parciais ou finais de um projeto, o proponente fica impedido de celebrar novo termo de compromisso, relativo a outro projeto, ainda que aprovado anteriormente. (Acrescido pelo art. 1º do Decreto nº 46.870, de 13 de dezembro de 2018.)

 

Art. 18-A A instituição que tiver projeto em execução ou finalizado apenas poderá formalizar novo termo de compromisso após apresentação e aprovação da prestação de contas parcial ou final. (Acrescido pelo art. 1º do Decreto nº 46.870, de 13 de dezembro de 2018.)

 

Art. 19. À Secretaria da Controladoria Geral do Estado - SCGE compete auditar as prestações de contas dos projetos, com emissão de parecer, podendo realizar, em qualquer fase do projeto, avaliações, vistorias, perícias e demais procedimentos que sejam necessários à perfeita observância deste Decreto.

 

Parágrafo único. No exercício de sua competência, a SCGE deve aplicar as normas contidas neste Decreto, bem como as normas legais atinentes à concessão, aplicação, comprovação e contabilização dos recursos utilizados pelas proponentes.

 

CAPÍTULO VIII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

 

Art. 20. O Secretário de Turismo, Esportes e Lazer e o Secretário da Fazenda ficam autorizados a, conjuntamente, baixar normas complementares, necessárias ao fiel cumprimento do disposto neste Decreto.

 

Art. 21. A Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer pode determinar avaliações, vistorias, perícias, análises e demais levantamentos que sejam necessários à perfeita observância deste Decreto, em qualquer fase de realização do projeto, devendo comunicar à SEFAZ quaisquer irregularidades relacionadas a contribuinte do ICMS.

 

Art. 22. A empresa que se utilizar indevidamente dos benefícios previstos neste Decreto fica sujeita às penalidades previstas na legislação tributária estadual, sem prejuízo de outras penalidades previstas em lei.

 

Art. 23. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

 

Palácio do Campo das Princesas, Recife, 9 de março do ano de 2016, 200º da Revolução Republicana Constitucionalista e 194º da Independência do Brasil.

 

PAULO HENRIQUE SARAIVA CÂMARA

Governador do Estado

 

MÁRCIO STEFANNI MONTEIRO MORAIS

ANTÔNIO CARLOS DOS SANTOS FIGUEIRA

ANTÔNIO CÉSAR CAÚLA REIS

 

ANEXO I

(arts. 3º, I, e 18, III)

 

PLANO DE TRABALHO

1. IDENTIFICAÇÃO DA PROPONENTE

Nome

 

CNPJ

 

Endereço

 

Telefone

 

e-mail

 

Nome do Responsável pela Instituição

 

CPF

 

RG/Órgão Expedidor

 

Cargo/Função

 

Endereço

 

Telefone

 

e-mail

 

2. VALORES

Valor total do projeto

R$

Valor do benefício

R$

Valor de recursos do patrocinador

R$

Valor a ser apoiado por outras fontes

R$

3.      IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO

Título do Projeto

Período da Execução

 

Início

 

Término

 

Identificação do Objeto

Justificativa

4.      CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Meta

Etapa

Especificação

Indicador Físico

Duração

Unidade

Quantidade

Início

Término

1

 

 

 

 

 

 

2

 

 

 

 

 

 

3

 

 

 

 

 

 

4

 

 

 

 

 

 

5.      PLANO DE APLICAÇÃO

Natureza da Despesa

Valor total (R$)

Recursos do patrocinador (R$)

Recursos da proponente (R$)

Item

Especificação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TOTAL

 

 

 

6. CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO

6.1. Patrocinador

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

 

 

 

 

 

 

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

 

 

 

 

 

 

TOTAL

 

6.2. Proponente (Contrapartida)

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

 

 

 

 

 

 

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

 

 

 

 

 

 

TOTAL

 

7. DECLARAÇÃO

Na qualidade de representante legal da proponente, declaro, para fins de prova junto à Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Governo do Estado de Pernambuco, sob as penas do artigo 299 do Código Penal, que inexiste mora ou débito junto a qualquer órgão ou instituição da Administração Pública Federal, Estadual e Municipal direta ou indireta que impeça a transferência de recursos oriundos de dotações consignadas no orçamento do Estado, na forma deste plano de trabalho.

 

 

Local / Data

Assinatura / Carimbo

8. APROVAÇÃO PELA CONCEDENTE

Declaro aprovar o projeto ora descrito no presente plano de trabalho.

 

 

Local / Data

Assinatura / Carimbo

 

ANEXO II

CERTIFICADO DE ENQUADRAMENTO

(art. 3º, § 2º, III)

 

CERTIFICADO DE ENQUADRAMENTO

CE Nº _________

 

Certificamos que o projeto ______________________________________, com ação na área de_______________________________, apresentado pela proponente __________________________, foi APROVADO pela Comissão Executiva da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte  - Lei nº 15.706, de 30.12.2015, estando apto para captação de recursos de patrocinadores, no valor de R$ ________________________ .

 

____________________________________

                     Local e data

 

_______________________________________________

Secretário de Turismo, Esportes e Lazer

 

ANEXO III

(art. 11, I)

 

FICHA CADASTRAL DO PATROCINADOR

Nome Empresarial

Inscrição Estadual

 

 

CNPJ

Nome do Representante Legal

Cargo/Função

 

 

 

Endereço

Telefone

Fax

e-mail

 

 

 

 

O signatário acima qualificado manifesta o seu interesse em patrocinar o projeto nº _______, em favor de ______________________________, aprovado em _____/_____/______, pela Comissão Executiva da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte – Lei nº 15.706, de 30.12.2015, com benefício fiscal no valor de  R$ __________  (_______________), que representa  _______% do montante total do projeto e financiamento com recursos próprios no valor de R$ ________ (________________) equivalente a ______% do valor patrocinado, podendo ser em depósito único ou em parcelas fixas mensais e consecutivas.

 

Anexa ao presente requerimento a seguinte documentação:

 

 

 

Certificado de Enquadramento

 

 

ato constitutivo e respectivas e alterações

 

 

cópia do CNPJ

 

 

comprovante de inscrição no CACEPE

 

 

cópias do CPF e do RG do responsável

 

 

Termo de Compromisso

 

_____________________________________________

                      Local e data

 

PROTOCOLO – Secretaria Executiva de Turismo, Esportes e Lazer

 

Data do Recebimento

Carimbo e assinatura do funcionário

 

 

 

ANEXO IV

TERMO DE COMPROMISSO

(art. 11, II)

 

Exmo. Senhor

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Secretário de Turismo, Esportes e Lazer

 

TERMO DE COMPROMISSO

 

A             (nome da empresa), com sede localizada na ___________________________ , inscrita no CPNJ sob o nº ___________ e no CACEPE sob o número __________, neste ato representada por _____________, portador do RG nº ___________ e CPF nº ____________, vem respeitosamente manifestar a intenção de patrocinar o projeto _________________, da proponente ______________________________.

 

Atenciosamente,

 

____________________________________

 Identificação e assinatura do responsável

 

ANEXO V

TÍTULO DE INCENTIVO

(art. 11, § 2º)

 

 

Título de Incentivo

 

 

A Comissão Executiva da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte - Lei nº 15.706, de 30.12.2015, concede este título a ________________________________________________________________, com inscrição estadual nº _____________________________ e CNPJ nº ________________________, referente ao benefício fiscal no valor de R$ _____________________ (______________________________________________), podendo ser efetuado o abatimento até o máximo de 5% (cinco por cento) do montante do ICMS a ser recolhido, com o fim específico de patrocinar o projeto esportivo _____________________________________________.

 

 

______________________________

                                                                                                  Local e data

 

 

_______________________________________

                                                                      Secretário de Turismo, Esportes e Lazer

 

Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do Estado.