LEI Nº 14.921, DE
11 DE MARÇO DE 2013.
(Regulamentada
pelo Decreto nº 39.200, de 18 de março de 2013).
Institui o
Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal - FEM.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE
PERNAMBUCO:
Faço saber que a Assembleia
Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art.
1º Fica instituído o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal -
FEM, mecanismo de natureza financeira e contábil, com prazo indeterminado de
duração, criado com a finalidade de apoiar planos de trabalho municipais de
investimento nas áreas de infraestrutura urbana e rural, educação, saúde,
segurança, desenvolvimento social, agropecuária, meio ambiente,
sustentabilidade e defesa dos direitos da mulher. (Redação alterada pelo art. 1° da Lei
n° 16.705, de 26 de novembro de 2019.)
§ 1º Fica estabelecida a obrigatoriedade de investimento de
recursos do FEM, em percentual a ser definido pelo Chefe do Poder Executivo
Municipal, nas áreas de: (Redação alterada
pelo art. 1º da Lei nº 16.603, de 9 de julho de 2019.)
I
- segurança pública, em adesão ao PROGRAMA PACTO PELA VIDA; e, (Acrescido pelo art. 1º da Lei nº
16.603, de 9 de julho de 2019.)
II
- políticas públicas de atenção às mulheres. (Acrescido
pelo art. 1º da Lei nº 16.603, de 9 de julho de 2019.)
§ 2º Os investimentos de que trata o inciso I, do § 1º,
serão utilizados para melhoria da iluminação pública, aquisição e instalação de
câmeras de videomonitoramento, compras de Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs), compras de viaturas e motos, aquisição de rádios-comunicadores,
aquisição de aplicativos tecnológicos para fazer integração entre as Policias
Estaduais e municipal e aquisição de armas não letais e imobilizadoras que
emitem choques elétricos, sendo, no entanto, terminantemente proibida à
aquisição de armas de fogo. (Redação
alterada pelo art. 1º da Lei nº 16.603, de 9 de julho
de 2019.)
§ 3º Os investimentos de que trata o
inciso II, do § 1º, serão destinados ao desenvolvimento de programas e ações
voltadas ao enfrentamento e prevenção da desigualdade e violência de gênero,
bem como para implantação de órgão específico na estrutura administrativa,
centros de referência, creches, casas de acolhimento e núcleos de qualificação
e formação técnicoprofissional para mulheres. (Acrescido
pelo art. 1º da Lei nº 16.603, de 9 de julho de 2019.)
Art. 2º Constituem receitas do FEM:
I - dotações orçamentárias do Estado;
II - doações, auxílios, subvenções e outras contribuições
de pessoas, físicas ou jurídicas, bem como de entidades e organizações,
públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras;
III - rendimentos de aplicações financeiras dos seus
recursos, realizadas na forma da lei;
IV - valores provenientes da devolução de recursos
relativos a planos que apresentem saldos remanescentes, ainda que oriundos de
aplicações financeiras;
V - saldos de exercícios anteriores; e
VI - outras receitas que lhe venha a ser legalmente
destinadas.
§ 1º (REVOGADO) (Revogado
pelo art. 1º da Lei nº 15.270,
de 24 de abril de 2014.)
§ 2º O Poder Executivo, na forma estabelecida em decreto,
fica obrigado a divulgar, anualmente:
I - demonstrativo contábil informando:
a) recursos arrecadados e recebidos no período;
b) recursos disponíveis; e
c) recursos utilizados no período; e
II - relatório discriminado contendo:
a) número de planos de trabalho beneficiados; e
b) objeto e valores de cada um dos planos beneficiados.
§ 3º (REVOGADO) (Revogado
pelo art. 1º da Lei nº 15.270,
de 24 de abril de 2014.)
§ 4º A extinção do Fundo instituído por esta Lei acarreta a
reversão do eventual saldo remanescente para a Conta Única do Estado.
§ 5º Os recursos que compõem o Fundo devem ser depositados
em instituição financeira oficial, na forma prevista na legislação pertinente.
§ 6º Poderão ser transferidos para o FEM recursos do Fundo
Rodoviário, Ferroviário e Aquaviário de Pernambuco - FURPE, instituído pela Lei nº 12.309, de 19 de dezembro de 2002. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei
nº 15.414, de 10 de dezembro de 2014.)
Art. 3º As aplicações dos recursos do FEM devem ser
identificadas mediante a criação de Unidade Orçamentária específica. (Redação alterada pelo art. 4º da Lei
nº 14.941, de 15 de abril de 2013.)
Art. 4° Para os efeitos desta Lei, entende-se por plano de
trabalho municipal o conjunto de ações apresentado pelo Município, nas áreas de
infraestrutura urbana e rural, educação, saúde, segurança, desenvolvimento
social, agropecuária, meio ambiente, sustentabilidade e defesa dos direitos da
mulher, nos termos definidos em decreto do Poder Executivo. (Redação alterada pelo art. 1° da Lei
n° 16.705, de 26 de novembro de 2019.)
§ 1º Os planos de trabalho devem ser analisados pela
Secretaria Estadual diretamente ligada à área contemplada, conforme disposto em
decreto do Poder Executivo.
§ 2º Fica vedada a utilização dos recursos do FEM para o
pagamento de despesas que não sejam enquadradas como investimentos.
§ 3º A execução das ações previstas nos planos de trabalho
pode ser realizada por meio de Consórcios de Municípios, conforme disposto em
decreto do Poder Executivo.
Art. 5º Fica instituído o Comitê Estadual de Apoio ao
Desenvolvimento Municipal, que tem por finalidade aprovar os planos de trabalho
de que trata o art. 4º, composto pelas seguintes Secretarias estaduais:
I - Secretaria de Planejamento e Gestão - SEPLAG, que o
presidirá;
II - Secretaria de Saúde;
III - Secretaria de Educação e Esportes; (Redação
alterada pelo art. 1º da Lei nº 15.270, de 24 de abril
de 2014.)
IV - Secretaria das Cidades;
V - Secretaria de Infraestrutura; (Redação
alterada pelo art. 1º da Lei nº 15.270, de 24 de abril
de 2014.)
VI - Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei
nº 15.270, de 24 de abril de 2014.)
VII - Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade;
VIII - Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária; e
IX - Secretaria de Defesa Social.
Art. 6º O FEM é gerido pela SEPLAG.
Parágrafo
único. Os recursos destinados ao cofinanciamento dos planos de trabalho
previstos no art. 3º devem ser repassados mediante transferências do Fundo
Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal aos respectivos Fundos
Municipais de Investimento nas áreas de infraestrutura urbana e rural,
educação, saúde, segurança, desenvolvimento social, agropecuária, meio
ambiente, sustentabilidade e defesa dos direitos da mulher. (Redação alterada pelo art. 1° da Lei
n° 16.705, de 26 de novembro de 2019.)
Art. 7º Os Municípios devem criar Fundos Municipais de
Investimentos nas áreas de infraestrutura urbana e rural, educação, saúde, segurança,
desenvolvimento social, agropecuária, meio ambiente, sustentabilidade e defesa
dos direitos da mulher, a serem constituídos pelos recursos oriundos do FEM e
de outras fontes. (Redação alterada pelo art.
1° da Lei n° 16.705, de 26 de novembro de 2019.)
Parágrafo
único. Os recursos destinados ao cofinanciamento das ações previstas no art. 4º
devem ser repassados mediante transferências do Fundo Estadual de Apoio ao
Desenvolvimento Municipal aos respectivos Fundos Municipais de Investimento nas
áreas de infraestrutura urbana e rural, educação, saúde, segurança,
desenvolvimento social, agropecuária, meio ambiente, sustentabilidade e defesa
dos direitos da mulher. (Redação alterada
pelo art. 1° da Lei n° 16.705, de 26 de novembro de
2019.)
Art. 8º Decreto do Poder Executivo deve dispor sobre:
I - a distribuição dos recursos do FEM, conforme a política
de desenvolvimento Estado;
II - quanto ao Comitê de que trata o art. 5º:
a) critérios de escolha e prazo de mandato dos seus
integrantes;
b) periodicidade e forma de convocação das suas reuniões,
bem como o quórum mínimo para a sua realização;
c) criação e funcionamento de grupos temáticos de
assessoramento técnico; e
d) outros pontos necessários ao seu bom funcionamento; e
III - quanto aos planos de trabalho municipais, para efeito
de obtenção de recursos do FEM:
a) pré-requisitos e documentos necessários; e
b) vedações.
Art. 9º O Município que não realizar, efetivamente, o seu
plano de trabalho, está sujeito às sanções cabíveis.
Parágrafo único. O Município que cometer qualquer
irregularidade fica impedido de receber recursos do FEM, além de ter, até a
devida regularização:
I - suspensa a análise de todos os seus planos de trabalho
em tramitação;
II - paralisada a execução dos seus planos de trabalho já
aprovados;
III - instauração de tomada de contas especial dos seus
planos de trabalho em execução; e
IV - recusa de seus novos planos de trabalho.
Art.
10. Compete ao órgão gestor do Fundo e à Secretaria diretamente ligada à área
contemplada pelos recursos, exercerem o controle, a fiscalização, a avaliação e
o acompanhamento dos planos de trabalho municipais nas áreas de infraestrutura
urbana e rural, educação, saúde, segurança, desenvolvimento social,
agropecuária, meio ambiente, sustentabilidade e defesa dos direitos da mulher. (Redação alterada pelo art. 1° da Lei
n° 16.705, de 26 de novembro de 2019.)
Art. 11. Ao término da execução de cada plano de trabalho, a Secretaria
Estadual diretamente ligada à área contemplada pelos recursos deve efetuar uma
avaliação final de forma a verificar a aplicação dos recursos,
observando as normas, os prazos e procedimentos a serem definidos no
regulamento desta Lei e na legislação em vigor. (Redação
alterada pelo art. 1º da Lei nº 15.270, de 24 de abril
de 2014.)
§ 1° Fica vedado o repasse de novos recursos
referentes a esta Lei, nos casos em que o município não tenha obtido aprovação
final do plano de trabalho, executado pela secretaria estadual competente para
análise; (Renumerado pelo art. 1° da Lei n° 16.641, de 30 de setembro de 2019.)
§ 2° Cabe ao novo gestor do município prestar
contas dos recursos provenientes de Termos de Adesão do Fundo Estadual de Apoio
ao Desenvolvimento Municipal - FEM firmados por seus antecessores; (Acrescido pelo art. 1° da Lei n°
16.641, de 30 de setembro de 2019.)
§ 3º Na impossibilidade de atender ao disposto
no § 2º, o município deverá apresentar ao órgão gestor do FEM justificativas
que demonstrem o impedimento de concluir o Plano de Trabalho Municipal - PTM em
andamento ou prestar contas do mesmo, acompanhadas da comprovação das medidas
adotadas para o resguardo do patrimônio público, inclusive as judiciais, sob
pena de corresponsabilidade; (Acrescido pelo
art. 1° da Lei n° 16.641, de 30 de setembro de 2019.)
§ 4º Ficam excluídos da corresponsabilização
prevista neste artigo os prefeitos sucessores que tenham tomado as providências
cabíveis à reparação das irregularidades cometidas pelo seu antecessor, na
forma do § 3º. (Acrescido pelo art. 1° da Lei n° 16.641, de 30 de setembro de 2019.)
Art. 12. Nos planos de trabalho municipais incentivados
pela presente Lei, e em sua respectiva comunicação institucional, deve constar
a divulgação do apoio institucional do Governo do Estado e do FEM.
Parágrafo único. Deve ser colocada placa indicativa informando as
características do investimento previsto no plano de trabalho, nos termos
estabelecidos em decreto do Poder Executivo. (Acrescido
pelo art. 1º da Lei nº 15.270, de 24 de abril de 2014.)
Art. 13. O Poder Executivo, por meio de decreto, no prazo
de até 30 (trinta) dias, expedirá instruções para a fiel execução desta Lei,
especialmente em relação aos procedimentos a serem observados para
transferência dos recursos e prestação de contas, bem como delegará, conforme o
caso, competências para expedir atos normativos complementares.
Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio do
Campo das Princesas, Recife, 11 de março do ano de 2013, 197º da Revolução
Republicana Constitucionalista e 192º da Independência do Brasil.
EDUARDO HENRIQUE
ACCIOLY CAMPOS
Governador do Estado
PAULO HENRIQUE
SARAIVA CÂMARA
FREDERICO DA COSTA
AMÂNCIO
ANTÔNIO CARLOS DOS
SANTOS FIGUEIRA
JOSÉ RICARDO
WANDERLEY DANTAS DE OLIVEIRA
DANILO JORGE DE
BARROS CABRAL
ISALTINO JOSÉ DO
NASCIMENTO FILHO
JOSÉ ALMIR CIRILO
SÉRGIO LUÍS DE
CARVALHO XAVIER
RANILSON
BRANDÃO RAMOS
WILSON
SALLES DAMAZIO
FRANCISCO TADEU
BARBOSA DE ALENCAR
THIAGO ARRAES DE
ALENCAR NORÕES